segunda-feira, 9 de agosto de 2010




"Ele te amará, te abençoará e te fará multiplicar;..."
Deuteronômio 7:13

Quando o bom Deus estava criando os pais, Ele começou a fazer um homem de estatura alta.
Um anjo, que estava por perto disse:
- Que tipo de pai é este? Se o Senhor vai fazer crianças com a altura um pouco acima do chão, por que os pais precisam ser tão altos? Ele não vai poder jogar bolinhas de gude sem se ajoelhar, não vai poder colocar uma criança na cama, nem mesmo beijá-la sem ter de curvar o corpo.
E Deus sorriu e disse:
- Concordo, mas, se eu o fizer do tamanho de uma criança, quem ela vai ver quando olhar para cima?
E quando Deus fez as mãos do pai, elas eram grandes e vigorosas.
O anjo meneou a cabeça, tristemente, e disse:
- Mãos grandes são desajeitadas. Elas não conseguem prender alfinetes nas fraldas, abotoar botões pequenos, prender elástico nos cabelos nem retirar estrepes de madeira dos bastões de beisebol.
E Deus sorriu e disse:
- Eu sei, mas elas são grandes o suficiente para segurar tudo o que um menino retira do bolso no fim do dia e pequenas o suficiente para segurar e acariciar o rosto de uma criança.
E, depois, Deus modelou pernas longas e esguias e ombros largos.
O anjo quase teve um "ataque cardíaco".
-Sei que estamos chegando ao fim da semana – ele disse – O Senhor percebeu que fez um pai sem colo? Como ele vai segurar uma criança sem que ela caia no vão de suas pernas?
E Deus sorriu e disse:
- A mãe necessita de um colo. O pai necessita de ombros fortes para puxar um trenó, equilibrar um menino na bicicleta ou segurar uma cabeça sonolenta no caminho de volta para casa depois do circo.
Deus estava criando os maiores pés que alguém já havia visto quando o anjo não conseguiu conter-se
- Não é justo. O Senhor acha, honestamente, que esses dois pés enormes vão conseguir sair rápido da cama quando o bebe chorar? Ou atravessar um salão de festas de aniversário de uma criança sem esmagar pelo menos três delas?
E Deus sorriu e disse:
- Eles vão ser úteis. Você verá. Vão ter forças para sustentar uma criança que deseja brincar de cavalinho, ou esmagar um rato que aparecer na casa de campo de verão, ou, ainda, exibir sapatos que dificilmente encontrariam pés tão grandes para calçá-los.
Deus trabalhou a noite inteira, concedendo ao pai poucas palavras, porem uma voz firme e cheia de autoridade, e olhos que enxergavam tudo, mas continuavam calmos e tolerantes.
Finalmente, como se estivesse meditando sobre seu trabalho, Ele acrescentou lágrimas. Em seguida, virou-se para o anjo e disse:
- Agora você está satisfeito ao ver que ele pode amar tanto quanto uma mãe?
O anjo silencia.

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